segunda-feira, dezembro 11, 2006

A Maior Árvore de Natal Flutuante do Mundo


Foto: Árvore 2006 - Globo.com

Inauguração da Árvore da Lagoa reúne 60 mil no Rio

A Árvore de Natal da Lagoa, no Rio de Janeiro, foi inaugurada neste sábado, no Parque do Cantagalo, com a presença de 60 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. O evento contou com apresentações da Orquestra Petrobras Sinfônica e do Coral da Fundação Bradesco. O repertório teve temas como Canta Canta Brasil, Ave Maria, Noite Feliz e Cidade Maravilhosa.

O show durou pouco mais de uma hora e foi encerrado com os convidados especiais a bailarina Ana Botafogo e o dançarino Carlinhos de Jesus, que dançaram sobre uma plataforma erguida atrás do palco onde estava a orquestra e o coral.

Depois do concerto, a árvore foi ligada seguido de queima de fogos, que durou pouco mais de cinco minutos. O evento é o terceiro maior do calendário de festas da cidade do Rio, perdendo apenas para o Carnaval e o Reveillón de Copacabana.

A árvore tem 2,8 milhões de microlâmpadas, quatro canhões de luz e 35 mil metros de mangueiras. Toda a estrutura tem 82 metros de altura, o equivalente a um prédio de 27 andares, e pesa 500 toneladas. Mais de mil operários foram contratados para o processo de montagem e manutenção da árvore.



Foto: Detalhes da Árvore 2006 - Site Terra

Entre os elementos da decoração deste ano está a tradicional cascata de água com jatos coloridos de 20 metros de altura que se movem de acordo com a música. Quarenta e oito bombas são as responsáveis pelo show das águas que acontecerá todos os dias entre as 20h e as 23h, a cada meia hora.

A Árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas é a maior árvore de Natal flutuante do mundo, segundo o Guinness Book of Records, é montada pela Bradesco Seguros e Previdência desde 1996 e já virou tradição nas festas de fim de ano no Rio de Janeiro.


A Evolução da Árvore em cada Natal

Video: You Tube - Árvore 2006 Edmison Gomes


11 Anos de História

1996 - Em sua estréia na Lagoa , a árvore de Natal Bradesco Seguros chegava com 48 metros de altura e 90 toneladas. A estrutura foi iluminada por 1,5 milhão de microlâmpadas.

1997 - Nesta edição ganhou mais dez metros de altura, chegando a 58 metros e a um peso de 107 toneladas. Para iluminação foram utilizadas 1,5 milhão de microlâmpadas.

1998 - Mantendo a mesma altura e um pouco mais pesada, a novidade esse ano foram as luzes moving lights, lâmpadas que moviam os fachos de luz em várias direções diferentes.

1999 - Com 76 metros, foi incluída no Guiness Book, como a mais alta do mundo. Efeitos especiais, fizeram com que os 2,1 milhões de microlâmpadas colorissem o céu e o espelho d'água da Lagoa.

2000 - A árvore agora é intinerante, se desloca por três pontos da Lagoa. A cenografia dessa edição foi inspirada na renda tecida pelas vovós. Para conseguir esse efeito, na estrutura de 79 metros foram utilizadas 2,5 milhões de microlâmpadas, 12 refletores computadorizados e 1.500 metros de neon azul.

2001 - Nesta edição a árvore contou com uma decoração de mais de 300 bolas douradas e variados tipos de desenhos de neve. A estrela do topo teve 4 metros de altura e foi feita em estrutura metálica neon.

2002 - A árvore foi decorada com 2,8 milhões de microlâmpadas, 200 mil a mais que em 2001. A novidade ficou por conta dos 8 moving lights de 7 mil watts cada um, que iluminaram não só a estrutura como o céu e o espelho d´água da Lagoa.

2003 - Com o tema “Anjos e Notas Musicais ”, a versão 2003 da Árvore de Natal da Bradesco Seguros conta com 11 flutuadores (três a mais que em 2002) e 26.000 metros de mangueiras luminosas para realizar efeitos de anjos, estrelas e notas musicais.

2004 - A principal novidade deste ano está no tema principal com os sinos em movimento e as imagens de pombas, simbolizando a paz. É a primeira vez que a iluminação da Árvore apresenta movimentos. São utilizados 32 mil metros de mangueiras luminosas - seis mil metros a mais que em 2003. As mangueiras luminosas fazem o formato das peças. Os canhões de luz continuam este ano com uma coreografia ainda mais especial.

2005 - Para marcar os seus dez anos, a Árvore de Natal da Bradesco Seguros e Previdência teve o balé das águas. A maior árvore de Natal flutuante do mundo apresentou cor em seus motivos de iluminação.Velas, ramos de trigo e bolas de Natal coloridos - usados em arranjos de mesa da ceia natalina. Todas as noites, o público acompanhou um maravilhoso espetáculo de luzes, cores e águas em movimento. Quarenta e oito bombas instaladas no entorno da Árvore jorrararam jatos d’água de até 20 metros de altura.

2006 - A 11ª edição da Árvore traz projeções de ícones típicos dos estados brasileiros, além de bolas e enfeites natalinos. Foram necessários 7 geradores, 27 backlights e 35 mil metros de mqngueiras luminosoas. Toda essa modernidade, deixou o maior enfeite de Natal flutuante do mundo com uns quilinhos a mais, que agora chegam a 500 toneladas. A Árvore ainda terá parte de sua estrutura pintada de verde, para ganhar destaque durante o dia.

Fonte: Terra / Globo.com /Bradesco.com.br

terça-feira, novembro 21, 2006

CONHEÇA NITEROI


Foto: Praia de Niteroi - Bruno Camolez

São apenas 13 quilômetros separando as belezas de Niterói da cidade maravilhosa. Só pela vista que de cá se tem dos maiores pontos turísticos do Rio, já valeria a visita. Mas Niterói tem mais, tem seus próprios encantos. Praias belíssimas e noite agitada para todos os grupos; museus conhecidos mundialmente e espaço para esportes radicais; o belíssimo Teatro Municipal João Caetano e um grande centro de compras, basta atravessar a rua.

A tão conhecida qualidade de vida da cidade está sempre de portas e sorriso abertos esperando por seus turistas visitantes.

Não são poucos os índices que apontam Niterói como uma das melhores cidades do Brasil para viver, trabalhar e investir. Crescendo em silêncio e apostando na capacidade produtiva de seus moradores, Niterói conquistou, de forma sólida, um espaço de destaque no cenário fluminense e nacional que os números não deixam mentir.

Município mais escolarizado do país, segundo dados do INEP (Ministério da Educação), Niterói tem o maior índice de freqüência escolar entre a população de 7 a 14 anos (97,52%). A média de anos de estudo chega a 9,5 com uma taxa de alfabetização de 96,4% na população acima de 15 anos. Os investimentos de base dão à cidade a melhor qualificação de mão-de-obra de todo o Estado do Rio de Janeiro, superando inclusive a capital.

Terceiro Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, segundo o PNUD, Niterói oferece a sua população exemplos de prevenção na área de saúde e saneamento básico. Pioneiro na implantação do Programa Médico de Família, o município é um dos poucos no Brasil a ter 100% de sua área atendida com fornecimento de água tratada e 75% dos desetos coletados e tratados em uma ampla rede de esgoto que inclui cinco Estações de Tratamento.

Niterói com qualidade. Adotou políticas públicas voltadas para o desenvolvimento urbano, mas aliadas a um extenso e planejado processo de inclusão social, priorizando as áreas de saúde, educação, desenvolvimento econômico, educação, cultura e saneamento.

Quem vive em Niterói tem motivos para se orgulhar. Durante anos considerado uma "cidade-dormitório", o município é hoje referência em serviços e qualidade de vida, mostrando que é possível crescer de forma unificada, gerando empregos, renda, investimentos e, acima de tudo, um bom lugar para viver.

Seja bem vindo e aproveite o que nossa cidade tem de melhor!


GEOGRAFIA DA CIDADE

Foto: Divulgação

Área: 131,8 km² População: 471.403 habitantes (dados de 2004 - IBGE) Densidade demográfica: 3.504 hab/km² Altitude média: 5 metros acima do nível do mar Ano da fundação: 1573 Distância do Rio de Janeiro: 13km

Atualmente 100% do município tem água tratada. Em 1999 eram apenas 46%; 75% do território de Niterói é coberto pelo tratamento de esgoto, enquanto a média nacional é inferior a 20%; O litoral possui 11 quilômetros de praia; 96,45% da população acima de 15 anos sabe ler e escrever; Entre 2003 e 2004 foram criadas 5 mil novas vagas e 60% das unidades escolares foram reformadas.



Foto: Vista da Cidade - travelblog.org


A HISTÓRIA DE NITEROI

A história de Niterói começa com a descoberta da existência do pau-brasil. Com isso, surgiu a necessidade de ocupação e povoamento do recôncavo, pólo de consolidação da conquista, sempre ameaçada pela presença de estrangeiros, sobretudo os franceses, que estavam interessados na exploração do pau-brasil.

Um desses franceses era Nicola Durand de Villegagnon, que manifestava o interesse de fundar uma colônia nessas terras, a França Antártica. Os grandes aliados dos franceses eram os índios Tamoios que dominavam a região de Niterói e trocavam com eles o pau-brasil e utensílios.

Em 1° de março de 1565, os portugueses fundaram a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Mas, apesar do domínio luso, a presença constante dos franceses no litoral ainda incomodava. Foi aí então que, com reforços de Portugal e a ajuda dos índios Teminimós, vindos do Espírito Santo e chefiados por Araribóia, os franceses foram expulsos em 1567.

Depois dos combates travados contra os franceses, Araribóia e sua tribo permaneceram no Rio de Janeiro e, em 1568, foi batizado na religião católica com o nome de Martín Afonso de Souza. Como recompensa aos serviços prestados à Coroa Portuguesa, Araribóia recebeu terras do outro lado da Baía de Guanabara. A doação, feita por Mem de Sá, foi efetivada em 6 de março de 1568, mas a posse definitiva só aconteceu em 22 de novembro de 1573. É esta, atualmente, a data mais importante de Niterói, quando se comemora o aniversário da cidade.

Em 1587, com a morte de Araribóia, as terras começaram a ser subdivididas. A partir do século XVII, as grandes fazendas espalhadas pela região deram origem aos núcleos urbanos.

A vinda da família Imperial para o Brasil, em 1808, dá início ao desenvolvimento na nova sede do reino, com a implantação de políticas de estímulo à urbanização e a criação de instituições que passam a mover a economia.

Em 1816, ocorreu um fato curioso e que movimentou a população de Niterói: Dom João VI esteve na cidade e escolheu São Domingos para passar o 31 de maio, seu aniversário.

Em 1834, é criada a Província do Rio de Janeiro e Niterói é escolhida como capital provisória. Convocada a primeira Assembléia Provincial, a vila é confirmada como capital e, dois dias depois, elevada à cidade com a designação de Nictheroy.

Em 1889, com a Proclamação da República e a transformação das antigas províncias em estados, Niterói passou a ser a capital do Estado do Rio de Janeiro.

Mas em 1893, por conta de interesses políticos regionais, a capital foi transferida para Petrópolis. Porém, em 1902, durante o governo de Quintino Bocayuva, a cidade recupera a condição de sede do governo, assim permanecendo até 1974, quando ocorreu a fusão entre os antigos Estados do Rio e da Guanabara. Mesmo sem a presença do poder estadual, o município desmentiu a tese de esvaziamento e reencontrou sua identidade cultural, sua vocação para o turismo e sua importância política e econômica.


Os 50 Bairros de Niteroi

01 - Barreto
02 - Ilha da Conceição
03 - Santana
04 - Engenhoca
05 - Tenente Jardim
06 - Ponta d'Areia
07 - Centro
08 - São Lourenço
09 - Fonseca
10 - Baldeador
11 - Santa Bárbara
12 - Fátima
13 - Cubango
14 - Viçoso Jardim
15 - Caramujo
16 - Maria Paula
17 - Pé Pequeno
18 - Ititioca
19 - Sapê
20 - Matapaca
21 - São Domingos
22 - Morro do Estado
23 - Santa Rosa
24 - Vila Progresso
25 - Muriqui
26 - Gragoatá
27 - Ingá
28 - Icaraí
29 - Vital Brazil
30 - Viradouro
31 - Largo da Batalha
32 - Badu
33 - Boa Viagem
34 - Rio do Ouro
35 - Várzea das Moças
36 - São Francisco
37 - Cachoeiras
38 - Maceió
39 - Cantagalo
40 - Jacaré
41 - Engenho do Mato
42 - Jurujuba
43 - Charitas
44 - Cafubá
45 - Piratininga
46 - Itaipú
47 - Camboinhas
48 - Itacoatiara
49 - Pendotiba
50 - Várzea das Moças



CURTINDO A NOITE DE NITEROI

Foto: Réveillon 2003 80 mil pessoas - Praia de Icara

ROTEIRO TURISTICO DE NITERÓI
O QUE FAZER EM 3 DIAS?

Niterói possui uma diversificada beleza natural, lindos patrimônios históricos e diversos locais para se visitar. Um exemplo disso são esses 3 roteiros diários para que você possa conhecer os principais pontos e aproveitar ao máximo o seu tempo nessa maravilhosa cidade.



Foto: Museu de Arte Contemporânea - Divulgação

1° DIA: MAC E FORTALEZA DE SANTA CRUZ

Visite o Museu de Arte contemporânea e siga pela orla, conhecendo as praias de Icaraí, Praia de São Francisco e Praia de Charitas, onde diversas opções gastronômicas são um convite ao almoço.

Logo a seguir a estrada passa por uma pitoresca colônia de pescadores antes de alcançar o Forte de Santa Cruz, um imponente complexo arquitetônico militar construído para proteger a Baía de Guanabara. Para completar seu passeio consulte os diversos programas da agenda cultural.



Foto: Parque da Cidade - Internet

2° DIA: PARQUE DA CIDADE E PRAIAS OCEÂNICAS

Área de preservação ambiental, localizada no Morro da Viração, a uma altitude de 270 metros. O Parque da Cidade reinaugurado oferece estrutura turística e possui duas belas paisagens, uma visão da Região Oceânica onde é possível admirar as lagoas de Piratininga e Itaipu e as praias oceânicas.

A outra vista é um maravilhoso espetáculo dos bairros e praias da Baía de Guanabara, a baía em si, assim como um belo panorama da cidade do Rio de Janeiro. No local existem duas rampas para prática de vôo livre.

Seguindo para a Região Oceânica, encontram-se as praias de Piratininga e Camboinhas, onde é possível degustar especiarias sentado nas areias da praia. A próxima praia é a Praia de Itaipu, que oferece águas calmas, além de restaurantes especializados em peixes e crustáceos e o mais belo pôr-do-sol da cidade. Mais à frente, surge a Praia de Itacoatiara, paraíso dos surfistas e dos jovens.

Foto: Teatro Municipal de Niteroi - Divulgação

3° DIA: PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Comece pela Igreja dos Indios que guarda em seu interior um precioso retábulo jesuítico, símbolo religioso da origem de Niterói. Descendo em direção ao centro, a Praça da República abriga um conjunto de prédios do início do Século XX, imperdível.

O Teatro Municipal de Niterói, totalmente restaurado, é citado pelos historiadores como marco do teatro brasileiro, e funciona com os melhores espetáculos nacionais. Em frente ao Teatro, aproveite para conferir no Plaza Shopping as delícias gastronômicas e excelentes lojas da cidade. Seguindo em direção ao Ingá, visite o Solar do Jambeiro, belíssimo prédio de arquitetura portuguesa do Séc. XIX, revestido de azulejos.

Termine o dia no Museu do Mirante no Alto da Boa Vista, com pinturas do início do Século XX.Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Museu, construído no Mirante da Boa Viagem, local privilegiado que se debruça sobre as águas da Baía de Guanabara e leva o olhar do visitante até o outro lado, onde estão o Corcovado e o Pão de Açúcar.

Niemeyer afirmava que ao visitar o local "imaginou o museu como qualquer coisa solta na paisagem, um pássaro branco a se lançar sobre o céu e o mar de Niterói"; o que quer dizer um supremo respeito à paisagem.

O Museu conta com a coleção de João Satamini, uma das mais importantes do país, com uma amostragem significativa de tudo que vêm atualizando a nossa arte, desde os anos 50. Mais um passo para tornar Niterói, a Capital da Cultura Brasileira. O Museu tem sido considerado um referencial turístico mundial. "A arquitetura de Niemeyer está plantada na terra, mais levita".Inaugurado em 6 de setembro de 1996.

Local: Mirante da Boa Viagem, s/nº - Boa Viagem Tel.: 2620-2400 / 2620-2481 Visitação: de Terça-feira a Domingo de 10h às 18h; Segunda-Feira: Fechado Tarifário: adulto - R$ 4,00 / Estudantes: R$ 2,00 / Quarta-feira - Grátis

Fonte: Niterói Turismo, Nitvista.com

terça-feira, outubro 24, 2006

O Poeta Mineiro mais Carioca

Foto: Autor Desconhecido
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As sem-razões do amor
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Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionário
se a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


O Poeta...

Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902, em Itabira, Minas Gerais. Funcionário público,
foi cronista dos mais importantes jornais brasileiros. Sofisticado e popular, Drummond foi homenageado em 1987 com o samba-enredo O reino das palavras, por uma das maiores e mais tradicionais escolas de samba cariocas, a Estação Primeira de Mangueira, que se sagrou campeã.
No dia 5 de Agosto de 1987, depois de 2 meses de internação morre a mulher que mais amou na vida, a filha Maria Julieta vítima de câncer. Não sabendo como suportar o desgosto pediu ao médico que lhe receitasse «um enfarte fulminante». Doze dias depois, a 17 de Agosto de 1987 falece o poeta, de problemas cardíacos e é enterrado no mesmo túmulo que a filha, no Cemitério São João Batista do Rio de Janeiro.

Morreu, a pedido, desiludido, agnóstico, solitário e céptico perante a posteridade, pois sempre foi injustamente rigoroso com a obra que escreveu. A sua 'vida' depois da sua morte veio a provar exatamente o contrário.

Drummond deixou cinco obras inéditas: O avesso das coisas, Moça deitada na grama, Poesia errante, O amor natural e Farewell.

Cronologia:

1902 - Nasce em Itabira do Mato Dentro, Estado de Minas Gerais; nono filho de Carlos de Paula Andrade, fazendeiro, e D. Julieta Augusta Drummond de Andrade.

1910 - Inicia o curso primário no Grupo Escolar Dr. Carvalho Brito. em Belo Horizonte, onde conhece Gustavo Capanema e Afonso Arinos de Melo Franco.

1916 - Aluno interno no Colégio Arnaldo, da Congregação do Verbo Divino, Belo Horizonte.

1917 - Toma aulas particulares com o professor Emílio Magalhães, em Itabira.

1918 - Aluno interno no Colégio Anchieta da Companhia de Jesus em Nova Friburgo; é laureado em "certames literários". Seu irmão Altivo publica, no único exemplar do jornalzinho Maio, seu poema em prosa "ONDA".

1919 - Expulso do Colégio Anchieta mesmo depois de ter sido obrigado a retratar-se. Justificativa da expulsão: "insubordinação mental".

1920 - Muda-se com a família para Belo Horizonte.

1921 - Publica seus primeiros trabalhos na seção "Sociais" do Diário de Minas. Conhece Milton Campos, Abgar Renault, Emílio Moura, Alberto Campos, Mário Casassanta, João Alphonsus, Batista Santiago, Aníbal Machado, Pedro Nava, Gabriel Passos, Heitor de Sousa e João Pinheiro Filho, todos freqüentadores do Café Estrela e da Livraria Alves.

1922 - Ganha 50 mil réis de prêmio pelo conto "Joaquim do Telhado" no concurso Novela Mineira. Publica trabalhos nas revistas Todos e Ilustração Brasileira.

1923 - Entra para a Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte.

1924 - Escreve carta a Manuel Bandeira, manifestando-lhe sua admiração. Conhece Blaise Cendrars, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade no Grande Hotel de Belo Horizonte. Pouco tempo depois inicia a correspondência com Mário de Andrade, que durará até poucos dias antes da morte de Mário.

1925 - Casa-se com a senhorita Dolores Dutra de Morais, a primeira ou segunda mulher a trabalhar num emprego (como contadora numa fábrica de sapatos), em Belo Horizonte. Funda, junto com Emílio Moura e Gregoriano Canedo, A Revista, órgão modernista do qual saem 3 números. Conclui o curso de Farmácia mas não exerce a profissão, alegando querer "preservar a saúde dos outros".

1926 - Leciona Geografia e Português no Ginásio Sul-Americano de Itabira. Volta para Belo Horizonte, por iniciativa de Alberto Campos, para trabalhar como redator-chefe do Diário de Minas. Heitor Villa Lobos, sem conhecê-lo, compõe uma seresta sobre o poema "Cantiga de Viúvo".

1927 - Nasce, no dia 22 de março, mas vive apenas meia hora, seu filho Carlos Flávio.

1928 - Nasce, no dia 4 de março, sua filha Maria Julieta, quem se tornará sua grande companheira ao longo da vida. Publica na Revista de Antropofagia de São Paulo, o poema "No meio do caminho", que se torna um dos maiores escândalos literários do Brasil. 39 anos depois publicará "Uma pedra no meio do caminho - Biografia de um poema", coletânea de críticas e matérias resultantes do poema ao longo dos anos. Torna-se auxiliar de redação da Revista do Ensino da Secretaria de Educação.

1929 - Deixa o Diário de Minas para trabalhar no Minas Gerais, órgão oficial do Estado, como auxiliar de redação e pouco depois, redator, sob a direção de Abílio Machado.

1930 - Publica seu primeiro livro, "Alguma Poesia", em edição de 500 exemplares paga pelo autor, sob o selo imaginário "Edições Pindorama", criado por Eduardo Frieiro. Auxiliar de Gabinete do Secretário de Interior Cristiano Machado; passa a oficial de gabinete quando seu amigo Gustavo Capanema substitui Cristiano Machado.

1931 - Falece seu pai, Carlos de Paula Andrade, aos 70 anos.

1933 - Redator de A Tribuna. Acompanha Gustavo Capanema quando este é nomeado Interventor Federal em Minas Gerais.

1934 - Volta a ser redator dos jornais Minas Gerais, Estado de Minas e Diário da Tarde, simultaneamente. Publica "Brejo das Almas" em edição de 200 exemplares, pela cooperativa Os Amigos do Livro. Muda-se, com D. Dolores e Maria Julieta, para o Rio de Janeiro, onde passa a trabalhar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, novo Ministro de Educação e Saúde Pública.

1935 - Responde pelo expediente da Diretoria-Geral e é membro da Comissão de Eficiência do Ministério da Educação.

1937 - Colabora na Revista Acadêmica, de Murilo Miranda.

1940 - Publica "Sentimento do Mundo" em tiragem de 150 exemplares, distribuídos entre os amigos.

1941 - Assina, sob o pseudônimo "O Observador Literário", a seção "Conversa Literária" da revista Euclides. Colabora no suplemento literário de A Manhã, dirigido por Múcio Leão e mais tarde por Jorge Lacerda.

1942 - A Livraria José Olympio Editora publica "Poesias". O Editor José Olympio é o primeiro a se interessar pela obra do poeta.

1943 - Traduz e publica a obra Thérèse Desqueyroux, de François Mauriac, sob o título de "Uma gota de veneno".

1944 - Publica "Confissões de Minas", por iniciativa de Álvaro Lins.

1945 - Publica "A Rosa do Povo" pela José Olympio e a novela "O Gerente". Colabora no suplemento literário do Correio da Manhã e na Folha Carioca. Deixa a chefia de gabinete de Capanema, sem nenhum atrito com este e, a convite de Luís Carlos Prestes, figura como editor do diário comunista, então fundado, Imprensa Popular, junto com Pedro Mota Lima, Álvaro Moreyra, Aydano Do Couto Ferraz e Dalcídio Jurandir. Meses depois se afasta do jornal por discordar da orientação do mesmo. É chamado por Rodrigo M.F. de Andrade para trabalhar na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, onde mais tarde se tornará chefe da Seção de História, na Divisão de Estudos e Tombamento.

1946 - Recebe o Prêmio pelo Conjunto de Obra, da Sociedade Felipe d'Oliveira. Sua filha Maria Julieta publica a novela "A Busca", pela José Olympio.

1947 - É publicada sua tradução de "Les liaisons dangereuses", de Choderlos De Laclos, sob o título de "As relações perigosas".

1948 - Publica "Poesia até agora". Colabora em Política e Letras, de Odylo Costa, filho. Falece Julieta Augusta Drummond de Andrade, sua mãe. Comparece ao enterro em Itabira que acontece ao mesmo tempo em que é executada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a obra "Poema de Itabira" de Heitor Villa-Lobos, composta sobre seu poema "Viagem na Família".

1949 - Volta a escrever no jornal Minas Gerais. Sua filha Maria Julieta casa-se com o escritor e advogado argentino Manuel Graña Etcheverry e passa a residir em Buenos Aires, onde desempenhará, ao longo de 34 anos, um importante trabalho de divulgação da cultura brasileira.

1950 - Vai a Buenos Aires para o nascimento de seu primeiro neto, Carlos Manuel.

1951 - Publica "Claro Enigma", "Contos de Aprendiz" e "A mesa". É publicado em Madrid o livro "Poemas".

1952 - Publica "Passeios na Ilha" e "Viola de Bolso".

1953 - Exonera-se do cargo de redator do Minas Gerais, ao ser estabilizada sua situação de funcionário da DPHAN. Vai a Buenos Aires para o nascimento de seu neto Luis Mauricio, a quem dedica o poema "A Luis Mauricio infante". É publicado em Buenos Aires o livro "Dos Poemas", com tradução de Manuel Graña Etcheverry, genro do poeta.

1954 - Publica "Fazendeiro do Ar & Poesia até agora". Aparece sua tradução para "Les paysans", de Balzac. Realiza na Rádio Ministério de Educação, em diálogo com Lya Cavalcanti, a série de palestras "Quase memórias". Inicia no Correio da Manhã a série de crônicas "Imagens", mantida até 1969.

1955 - Publica "Viola de Bolso novamente encordoada".

1956 - Publica "50 Poemas escolhidos pelo autor". Aparece sua tradução para "Albertine disparue", de Marcel Proust.

1957 - Publica "Fala, amendoeira" e "Ciclo".

1958 - Publica-se em Buenos Aires uma seleção de seus poemas na coleção "Poetas del siglo veinte". É encenada e publicada a sua tradução de "Doña Rosita la soltera" de Federico García Lorca, pela qual recebe o Prêmio Padre Ventura, do Círculo Independente de Críticos Teatrais.

1960 - Nasce seu terceiro neto, Pedro Augusto, em Buenos Aires. A Biblioteca Nacional publica a sua tradução de "Oiseaux-Mouches orthorynques du Brèsil" de Descourtilz. Colabora em Mundo Ilustrado.

1961 - Colabora no programa Quadrante da Rádio Ministério da Educação, instituído por Murilo Miranda. Falece seu irmão Altivo.

1962 - Publica "Lição de coisas", "Antologia Poética" e "A bolsa & a vida". É demolida a casa da Rua Joaquim Nabuco 81, onde viveu 36 anos. Passa a morar em apartamento. São publicadas suas traduções de "L'Oiseau bleu" de Maurice Maeterlink e de "Les fouberies de Scapin", de Molière, esta última é encenada no Teatro Tablado do Rio de Janeiro. Recebe novamente o Prêmio Padre Ventura. Se aposenta como Chefe de Seção da DPHAN, após 35 anos de serviço público, recebendo carta de louvor do Ministro da Educação, Oliveira Brito.

1963 - É lançada sua tradução de "Sult" (Fome) de Knut Hamsun. Recebe os Prêmios Fernando Chinaglia, da União Brasileira de Escritores, e Luísa Cláudio de Sousa, do PEN Clube do Brasil, pelo livro "Lição de coisas". Colabora no programa Vozes da Cidade, instituído por Murilo Miranda, na Rádio Roquete Pinto, e inicia o programa Cadeira de Balanço, na Rádio Ministério da Educação. Viaja, com D. Dolores, a Buenos Aires durante as férias.

1964 - Publica a primeira edição da "Obra Completa", pela Aguilar.

1965 - São lançados os livros "Antologia Poética", em Portugal; "In the middle of the road", nos Estados Unidos; "Poesie", na Alemanha. Publica, em colaboração com Manuel Bandeira, "Rio de Janeiro em prosa & verso". Colabora em Pulso.

1966 - Publica "Cadeira de balanço", e na Suécia é lançado "Naten och rosen".

1967 - Publica "Versiprosa", "Mundo vasto mundo", com tradução de Manuel Graña Etcheverry, em Buenos Aires e publicação de "Fyzika strachu" em Praga.

1968 - Publica "Boitempo & A falta que ama". Membro correspondente da Hispanic Society of America, Estados Unidos.

1969 - Deixa o Correio da Manhã e começa a escrever para o Jornal do Brasil. Publica "Reunião (10 livros de poesia)".

1970 - Publica "Caminhos de João Brandão".

1971 - Publica "Seleta em prosa e verso". Edição de "Poemas" em Cuba.

1972 - Viaja a Buenos Aires com D. Dolores para visitar a filha, Maria Julieta. Publica "O poder ultrajovem". Jornais do Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre publicam suplementos comemorativos do 70º aniversário do poeta.

1973 - Publica "As impurezas do branco", "Menino Antigo - Boitempo II", "La bolsa y la vida", em Buenos Aires, e "Réunion", em Paris.

1974 - Recebe o Prêmio de Poesia da Associação Paulista de Críticos Literários. Membro honorário da American Association of Teachers of Spanish and Portuguese, Estados Unidos.

1975 - Publica "Amor, Amores". Recebe o Prêmio Nacional Walmap de Literatura e recusa, por motivo de consciência, o Prêmio Brasília de Literatura, da Fundação Cultural do Distrito Federal.

1977 - Publica "A visita", "Discurso de primavera e algumas sombras" e "Os dias lindos". Grava 42 poemas em 2 long plays, lançados pela Polygram. Edição búlgara de "UYBETBO BA CHETA" (Sentimento do Mundo).

1978 - Publica "70 historinhas" e "O marginal Clorindo Gato". Edições argentinas de "Amar-amargo" e "El poder ultrajoven".

1979 - Publica "Poesia e Prosa", 5ª edição, revista e atualizada, pela editora Nova Aguilar. Viaja a Buenos Aires por motivo de doença de sua filha Maria Julieta. Publica "Esquecer para lembrar - Boitempo III".

1980 - Recebe os Prêmios Estácio de Sá, de jornalismo, e Morgado Mateus (Portugal), de poesia. Edição limitada de "A paixão medida". Noite de autógrafos na Livraria José Olympio Editora para o lançamento conjunto da edição comercial de "A paixão medida" e "Um buquê de Alcachofras", de Maria Julieta Drummond de Andrade; o poeta e sua filha autografam juntos na Casa José Olympio. Edição de "En rost at folket", Suécia. Edição de "The minus sign", Estados Unidos. Edição de "Gedichten" Poemas, Holanda.

1981 - Publica "Contos Plausíveis" e "O pipoqueiro da esquina". Edição inglesa de "The minus sign".

1982 - Ano do 80º aniversário do poeta. São realizadas exposições comemorativas na Biblioteca Nacional e na Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. Os principais jornais do Brasil publicam suplementos comemorando a data. Recebe o título de Doutor honoris causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Edição mexicana de "Poemas". A cidade do Rio de Janeiro festeja a data com cartazes de afeto ao poeta. Publica "A lição do amigo - Cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade", com notas do destinatário. Publicação de "Carmina drummondiana", poemas de Drummond traduzidos ao latim por Silva Bélkior.

1983 - Declina do troféu Juca Pato. Publica "Nova Reunião (19 livros de poesia)", último livro do poeta publicado, em vida, pela Casa José Olympio.

1984 - Despede-se da casa do velho amigo José Olympio e assina contrato com a Editora Record, que publica sua obra até hoje. Também se despede do Jornal do Brasil, depois de 64 anos de trabalho jornalístico, com a crônica "Ciao". Publica, pela Editora Record, "Boca de Luar" e "Corpo".

1985 - Publica "Amar se aprende amando", "O observador no escritório" (memórias), "História de dois amores" (livro infantil) e "Amor, sinal estranho". Edição de "Frän oxen tid", Suécia.1986 Publica "Tempo, vida, poesia". Edição de "Travelling in the family", em New York, pela Random House. Escreve 21 poemas para a edição do centenário de Manuel Bandeira, preparada pela editora Alumbramento, com o título "Bandeira, a vida inteira". Sofre um infarto e é internado durante 12 dias.

1987 - No 31 de janeiro escreve seu último poema, "Elegia a um tucano morto" que passa a integrar "Farewell", último livro organizado pelo poeta. É homenageado pela escola de samba Estação Primeira de Mangueira, com o samba enredo "No reino das palavras", que vence o Carnaval 87.

No dia 5 de agosto, depois de 2 meses de internação, falece sua filha Maria Julieta, vítima de câncer. "E assim vai-se indo a família Drummond de Andrade" - comenta o poeta. Seu estado de saúde piora. 12 dias depois falece o poeta, de problemas cardíacos e é enterrado no mesmo túmulo que a filha, no Cemitério São João Batista do Rio de Janeiro.

O poeta deixa obras inéditas: "O avesso das coisas" (aforismos), "Moça deitada na grama", "O amor natural" (poemas eróticos), "Viola de bolso III" (Poesia errante), hoje publicados pela Record; "Arte em exposição" (versos sobre obras de arte), "Farewell", além de crônicas, dedicatórias em verso coletadas pelo autor, correspondência e um texto para um espetáculo musical, ainda sem título.

Edições de "Moça deitada na grama", "O avesso das coisas" e reedição de "De notícias e não notícias faz-se a crônica" pela Editora Record. Edição de "Crônicas - 1930-1934". Edição de "Un chiaro enigma" e "Sentimento del mondo", Itália. Publicação de "Mundo Grande y otros poemas", na série Los grandes poetas, em Buenos Aires.

1988 - Publicação de "Poesia Errante", livro de poemas inéditos, pela Record.

1989 - Publicação de "Auto-retrato e outras crônicas", edição organizada por Fernando Py. Publicação de "Drummond: frente e verso", edição iconográfica, pela Alumbramento, e de "Álbum para Maria Julieta", edição limitada e fac-similar de caderno com originais manuscritos de vários autores e artistas, compilados pelo poeta para sua filha. A Casa da Moeda homenageia o poeta emitindo uma nota de 50 cruzeiros com seu retrato, versos e uma auto-caricatura.

1990 - O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) organiza uma exposição comemorativa dos 60 anos da publicação de "Alguma Poesia". Palestras de Manuel Graña Etcheverry, "El erotismo en la poesía de Drummond" no CCBB e de Affonso Romano de Sant'Anna, "Drummond, um gauche no mundo". Encenação teatral de "Mundo, vasto mundo", com Tônia Carrero, o coral Garganta e Paulo Autran, sob a direção deste no Teatro II do CCBB. Encenação de "Crônica Viva", com adaptação de João Brandão e Pedro Drummond, no CCBB. Edição da antologia "Itabira", em Madrid, pela editora Visor. Edição limitada de "Arte em exposição", pela Salamandra. Edição de "Poésie", pela editora Gallimard, França.

1991 - Publicação de "Obra Poética", pela editora Europa-América, em Portugal.

1992 - Edição de "O amor natural", de poemas eróticos, organizada pelo autor, com ilustrações de Milton Dacosta e projeto gráfico de Alexandre Dacosta e Pedro Drummond. Publicação de "Tankar om ordet menneske", Noruega. Edição de "Die liefde natuurlijk" (O amor natural) na Holanda.

1993 - Publicação de "O amor natural", em Portugal, pela editora Europa-América. Prêmio Jabuti pelo melhor livro de poesia do ano, "O amor natural".

1994 - Publicação pela Editora Record de novas edições de "Discurso de primavera" e "Contos plausíveis". No dia 2 de julho falece D. Dolores Morais Drummond de Andrade, viúva do poeta, aos 94 anos.

1995 - Encenação teatral de "No meio do caminho...", crônicas e poemas do poeta com roteiro e adaptação de João Brandão e Pedro Drummond. Lançamento de um selo postal em homenagem ao poeta. Drummond na era digital, publicação de uma pequena antologia em 5 idiomas sob o título de "Alguma Poesia", no World Wide Web , Internet, na data de seu 93º aniversário. Projeto do CD-ROM "CDA-ROM", que visa a publicar, em ambiente interativo e com os recursos da multimídia, os 40 poemas recitados pelo autor, uma iconografia baseada na coleção de fotografias do poeta, entrevistas em vídeo e um curta-metragem.

1996 - Lançamento do livro Farwell, último organizado pelo poeta, no Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro, com a apresentação de Joana Fomm e José Mayer. Esse livro é ganhador do Prêmio Jabuti.

1997 - Primeira edição interativa do livro "O Avesso das Coisas".

1998 - Inauguração do Museu de Território Caminhos Dummondianos em Itabira. No dia 31 de outubro é inaugurado o Memorial Carlos Drummond de Andrade, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, no Pico do Amor da cidade de Itabira. Prêmio in memorian Medalha do Sesquicentenário da Cidade de Itabira.

1999 - I Forum Itabira Século XXI — Centenário Drummond, realizado na cidade de Itabira. Lançamento do CD "Carlos Drummond de Andrade por Paulo Autran", pelo selo Luz da Cidade.

2000 - Inaugurada a Biblioteca Carlos Drummond de Andrade do Colégio Arnaldo de Belo Horizonte. Lançamento do CD "Contos de aprendiz por Leonardo Vieira", pelo selo Luz da Cidade. Estréia no dia 31 de outubro o espetáculo "Jovem Drummond", estrelado por Vinícius de Oliveira, no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade e Itabira (Secretaria de Cultura do Município).

Lançamento do CD "História de dois amores - contadas por Odete Lara", pela gravadora Luz da Cidade. Encenação pela Comédie Française da peça de Molière Les Fourberies de Scapin, com tradução do biografado, nos teatros Municipal do Rio de Janeiro e Municipal de São Paulo. Lançamento do projeto "O Fazendeiro do Ar", com o "balão Drummond", na Lagoa Rodrigo de Freitas - Rio de Janeiro. II Fórum Itabira Século XXI — Centenário Drummond, realizado em outubro na cidade de Itabira. Homenagem in memoriam Medalha comemorativa dos 70 anos do MEC. Homenagem dos Ex-Alunos da Universidade Federal de Minas Gerais.

A Foto que deu Origem...

2002 - No dia 30 de outubro 2002 as 16h em comemoração ao centenário de seu nascimento é inaugurada no calçadão da praia de Copacabana (um dos pontos turísticos mais freqüentados do mundo), A estátua de Carlos Drummond de Andrade.

Com certeza uma das mais belas homenagens ao centenário de nascimento do poeta. Assim, Drummond está lá, no bairro onde morava, sentado num banco, de costas para o mar. Muita gente que passa por lá costuma dizer que a estátua nunca poderia estar naquela posição, porque Drummond amava o mar. Só que, na realidade, ele não está de costas para o mar.

Drummond está é de frente para as pessoas, que passam, que param, que olham, que sentam ao lado do escritor feito de bronze, para tirar foto, para lembrar de um poema, para dar um abraço nele, para fazer declaração de amor, para inventar motivo de beijo, ou só ficar ali, num exercício de secreta quietude, enquanto os carros voam, enquanto o tempo rosna.

O monumento é de autoria do escultor mineiro Leo Santana, que se inspirou numa foto tirada por Rogério Reis. O poeta está sentado sobre o banco em frente à Avenida Rainha Elizabet, voltado para a cidade e de costas para o mar.


... A Estatua de Carlos Drummond de Andrade ( posto 6 praia Copacabana )

Amar se aprende amando

O mundo é grande e cabe

nesta janela sobre o mar.

O mar é grande e cabe

na cama e no colchão de amar.

O amor é grande e cabe

no breve espaço de beijar.


"POESIA FALADA" Ouça duas Poesias na voz do autor

E agora José? Ouça Aqui

Lira Romantiquinha Ouça Aqui

Conheça a Obra deste Gênio da literatura nos Links abaixo:

- MEMORIA VIVA

- VEJA ESPECIAL

- JORNAL DA POESIA

Fontes: Jornal da Poesia, Memória Viva, Veja Especial, Estadão Especial Fotos: Divulgação

quarta-feira, outubro 11, 2006

O Rio é Animal - O mais antigo Zoo do Brasil


Foto: Fernando Mirabella - Tigre de Bengala

O Zoológico do Rio possui uma área de 138 mil metros quadrados, mais de 2.100 animais entre répteis, mamíferos e aves e cerca de 400 espécies, o zoológico do Rio é o mais antigo do Brasil.

Possui o maior plantel de primatas brasileiros, a maior coleção de aves expostas do país e, no setor de fauna, reproduzem-se espécies raras e ameaçadas de extinção como o urubu rei, a ararajuba e o mico leão dourado.

Com uma visitação mensal de 70 mil pessoas, e em média, 110 turmas escolares, a Fundação RIOZOO tem como objetivo muito mais que ser apenas uma vitrine de animais.

A maior tarefa é desenvolver o respeito e a preservação do meio ambiente, investindo em programas de educação, qualidade de vida e pesquisa baseado sempre no conceito “ Conhecer para Preservar”



Foto: Carlos Grupilo - Onça Pintada

A História do Zoo Carioca

O Jardim Zoológico do Rio de Janeiro é o mais antigo do Brasil. Atravessar o Parque da Quinta da Boa Vista, antiga residência da Família Imperial portuguesa, e entrar hoje, por seu portão de arcos e colunas, é transportar-se para o tempo de um outro país.

Percorrer suas alamedas margeadas de palmeiras imperiais é como entrar nas páginas de um livro vivo de imagens e histórias de imperadores, princesas, escravas e todo tipo de gente comum que abriu os caminhos para construir através dos anos aquilo que somos.

O Zôo carioca oferece uma mistura única de História, fauna exuberante, ecologia e muito verde.

Expor animais e tentar trazer para dentro da cidade um pouco da vida selvagem, começa em nosso país, mais especificamente no Rio de Janeiro, em 16 de janeiro de 1888, quando o Barão de Drumond funda no Bairro de Vila Isabel o primeiro Zoológico brasileiro.

Uma área com riachos, lagos artificiais e uma extensa coleção de animais. O passar dos anos, entretanto, trouxe dificuldades financeiras, e manter os animais tornou-se muito difícil Foi neste momento que para solucionar a situação, o Barão criou o "jogo do bicho".



Foto: Site - riototal.com.br

A História do Jogo do Bicho

Com a falta desse dinheiro, o Barão, com a sua fortuna empregada na bicharada, começou a encontrar dificuldades para manter o zoológico. Poucos anos depois, em 1892, foi que ele teve a sua mais grave crise financeira...

Então, um mexicano, Manuel Ismael Zevada, que havia introduzido no Rio de Janeiro (rua do Ouvidor), sem muito sucesso, o "jogo das flores", deu-lhe a idéia do jogo do bicho...

Assim, no dia 03/07/1892, o Barão organizou um passeio à empresa do Jardim Zoológico, ao qual compareceram membros destacados da sociedade e representantes da imprensa. Em meio às festividades, o Barão apresentou a sua estratégia para atrair visitantes ao local, que consistia em premiar, em dinheiro, os freqüentadores cujos bilhetes tivessem estampadas as figuras dos animais sorteados ao final de cada tarde.

Associado a Zevada que ocupou o cargo de gerente do zoológico, o Barão de Drummond acabava de criar o chamado Jogo dos Bichos, que se tornou um sucesso em diferentes círculos sociais. O jogo do bicho surgiu como um divertimento da alta sociedade fluminense, como mostram os jornais da época

O jogo se processava da seguinte maneira:

Cada ingresso, vendido para visitar o zoológico, dava direito a um cupom que trazia a estampa e o nome de um animal para concorrer a um sorteio que concedia ao ganhador um prêmio vinte vezes maior do que o valor pago pelo ingresso. Como ele custava mil réis, o ganhador recebia vinte mil réis!

Toda manhã, logo cedo, o Barão escolhia uma estampa com a figura e nome de um dos 25 bichos que faziam parte do jogo e colocava essa estampa em um quadro de dimensões enormes, içado a um mastro erguido à porta principal do Jardim Zoológico. Uma vez o quadro içado ninguém tinha acesso a ele. Esse quadro era de madeira e, trancado à chave. Às 15 horas o próprio Barão de Drumond acionava um dispositivo, exibia o bicho sorteado sem causar dúvida a quem assistia ao sorteio.

Aos poucos, aumentava o número de visitantes, por isso foram criados outros pontos de venda de ingressos com a finalidade de concorrer ao jogo do bicho. Em um só domingo a venda atingiu 80 contos de réis, com entradas!

No ano de inauguração do jogo do bicho, 1892, no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro, estava em circulação o primeiro selo postal bicolorido impresso no Brasil. Emitido em 01/05/1891, nas cores azul e vermelho e com valor facial de 100 réis, o qual tem o nome de ALEGORIA REPUBLICANA "TINTUREIRO".

A entrada no zôo, à época, custava um mil réis e a sorte enchia o bolso do ganhador com vinte mil réis! Estes eram os bichos sorteados pelo Barão de Drumond:


A idéia do Barão de Drumond acabou por transformar-se em uma marca no cotidiano da cidade, mas não foi suficiente para salvar o antigo Zôo, que terminou fechando suas portas na década de 40.Mas logo a cidade ganhou um novo Zoológico, inaugurado no Parque da Quinta da Boa Vista, no histórico bairro de São Cristóvão, em 18 de março de 1945.

O Zoológico da cidade do Rio de Janeiro destaca-se na memória histórica do país. Uma das imagens mais marcantes é o imponente portão construído em sua entrada, que pode ser visto na paisagem de algumas telas pintadas durante o período imperial.

O portão foi oferecido como presente de casamento a D. Pedro I e à futura imperatriz Leopoldina por um nobre inglês. Vivendo períodos de glórias e dificuldades, o Jardim Zoológico carioca chegou aos nossos dias, e em 1985 foi transformado na Fundação RIOZOO.

Esta mudança proporcionou agilidade administrativa e abriu espaço para um processo de modernização, transformando a RIOZOO em uma respeitada instituição de pesquisa e educação ambiental, reconhecida no Brasil e no exterior.



Fotos: Rio Zoo - Macaco Tião

O Macaco mais Famoso do Brasil

O primata da espécie Chimpanzé, cujo nome científico é Pan Trogodytes, mais famoso do Brasil foi o Macaco Tião. Ele nasceu no próprio Zoológico do Rio de Janeiro, em 16/01/1963, portanto "carioca da gema" e do signo de capricórnio.

Filho de Babá e Lulu, sua altura era de 1,52 m e seu peso de 70 kg. Tião, recebeu esse nome em homenagem a São Sebastião, padroeiro da cidade maravilhosa. Estado civil: solteirão convicto...

Na primeira vez, tentou acasalar com a macaca "Cafona", na qual ele deu uma surra; depois de 3 anos teve sua segunda tentativa, mas a pretendente Cafona adoeceu e morreu. Quando mudou de namorada, a chimpanzé Cássia, outro desencontro, a macaca demonstrou medo de Tião e os veterinários desistiram da união...

Mudou de casa apenas uma vez em sua vida, fato ocorrido em junho de 1996. Mas, antes disso, teve uma carreira política... A candidatura do Macaco Tião - lançada pelos humoristas da revista Casseta e Planeta em defesa do voto nulo nas eleições municipais de 1988 - representou um feito: 9,5% dos cariocas que compareceram as urnas, apostaram em Tião.

Se somada aos votos em branco (14,9%), a votação de Tião superaria a de todos os candidatos - exceto Marcello Alencar, eleito prefeito com 31,6%. Depois de anos e anos disputando uma vaga entre os candidatos às eleições no Rio, a chegada do sistema eletrônico selou o fim de uma carreira polêmica.

Nas eleições de 1996, os eleitores não tiveram a chance de escrever nas cédulas e para anular o voto, tiveram que digitar um número que não constava nos registros dos candidatos...

Teve como rivais os chimpanzés Pipo e Paulinho. No dia 23/12/1996, morreu Tião, o chimpanzé mais querido do Brasil. Decorrente de complicações referentes à diabetes e a avançada idade.

O prefeito da cidade, César Maia decretou luto oficial até o dia 31 de dezembro e as bandeiras da Fundação RioZoo ficaram a meio-mastro.

Tião foi notícia em todo Brasil e até no jornal francês LE MONDE, que divulgou a notícia de sua morte em primeira página...

No dia 16/01/1997, Tião ganhou uma placa de bronze em frente ao portão principal do Zôo, uma estátua de corpo inteiro e a alameda central passou a se chamar Alameda Macaco Tião; na Barra da Tijuca ele ganhou uma praça com seu nome.


ZOO Serviços:

- Anfiteatro com camarins e capacidade para 100 pessoas

- Estacionamento para ônibus e carros

- Segurança

- Playground com área para festas e sala de apoio

- Lanchonete

- Restaurante

- Sorveteria

- Quiosque de Mel

- Visitas guiadas gratuitas (3ª a Sábado de 10h às 16h)

- Zooloja

- Zoofotos

- Sala de vídeo e auditório

- Área para festas e eventos

Funcionamento:

Terça a Domingo, de 9h às 16:30h

Ingresso: 3ª a 6ª R$ 4,00 / sáb., dom. e feriados R$ 5,00

Crianças até 1 metro de altura, maiores de 65 anos e deficientes não pagam.

Contatos:

Na Internet- http://www.rio.rj.gov.br/riozoo

Telefone - (021) 569-2024 Ramal- 219 e 220

Fax- (021) 569-7547 ou (021) 567-0698

e-mail - rzasscom@pcrj.rj.gov.br

Fundação Jardim Zoológico da Cidade do Rio de Janeiro - RIOZOO

Parque da Quinta da Boa Vista s/nº - São Cristóvão

Rio de Janeiro RJ Brasil Cep: 20.940-040

Fontes: Rio Zoo, saudeanimal.com.br, riototal.com.br, girafamania.com.br

terça-feira, setembro 26, 2006

Falando Nisso...Votar pra que???

Funk da Pizza

A História do voto no Brasil

A história do voto no Brasil começou 32 anos após Cabral ter desembarcado no País. Foi no dia 23 de janeiro de 1532 que os moradores da primeira vila fundada na colônia portuguesa - São Vicente, em São Paulo - foram às urnas para eleger o Conselho Municipal.

A votação foi indireta: o povo elegeu seis representantes, que, em seguida, escolheram os oficiais do Conselho. Já naquela época, era proibida a presença de autoridades do Reino nos locais de votação, para evitar que os eleitores fossem intimidados. As eleições eram orientadas por uma legislação de Portugal - o Livro das Ordenações, elaborado em 1603.

Somente em 1821 as pessoas deixaram de votar apenas em âmbito municipal. Na falta de uma lei eleitoral nacional, foram observados os dispositivos da Constituição Espanhola para eleger 72 representantes junto à corte portuguesa. Os eleitores eram os homens livres e, diferentemente de outras épocas da história do Brasil, os analfabetos também podiam votar. Os partidos políticos não existiam e o voto não era secreto.

Década de 30: surgem os votos secreto e feminino

A década de 30 iniciou-se com o País em clima revolucionário. A queda da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, contaminou o mundo, provocando a suspensão dos créditos internacionais no Brasil. O principal produto de exportação, o café, perdeu seu maior mercado consumidor, o norte-americano, levando o setor a uma crise sem precedentes.

Em meio à insatisfação que tomou conta da população, Getúlio Vargas protagonizou o golpe que tirou o presidente Washington Luís do governo. Apesar da crise, havia esperanças de que a cidadania seria ampliada e de que haveria eleições livres e diretas. A presença feminina, cada vez mais marcante, chegou às urnas. Em 1932, foi instituída uma nova legislação eleitoral e as mulheres conquistaram o direito ao voto.

A professora Ana Maria Amarante, juíza do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, analisa essa difícil conquista: "A mulher conquistou o direito ao voto, mas pouco pode exercê-lo durante um período bastante longo. Só com a redemocratização de 1945 é que se abririam os horizontes para o pleno exercício do sufrágio feminino", afirma.

O voto direto para presidente e vice-presidente apareceu pela primeira vez na Constituição Republicana de 1891. Prudente de Morais foi o primeiro a ser eleito dessa forma. Foi após esse período que instalou-se a chamada política do café-com-leite, em que o Governo era ocupado alternadamente por representantes de São Paulo e Minas Gerais.

O período da República Velha, que vai do final do Império até a Revolução de 1930, foi marcado por eleições ilegítimas. As fraudes e o voto de cabresto eram muito comuns, com os detentores do poder econômico e político manipulando os resultados das urnas. Em uma eleição desse período, ocorrida no Rio de Janeiro, tantos eleitores votaram duas vezes que foi preciso empossar dois governadores e duas Assembléias Legislativas.

Para o cientista político Jairo Nicolau, autor de um livro sobre a história do voto, a República representou um retrocesso em relação ao Império, em razão da prática do voto de cabresto. "As eleições deixaram de ter relevância para a população, eram simplesmente uma forma de legitimar as elites políticas estaduais.

Elas passaram a ser fraudadas descaradamente, de uma maneira muito mais intensa do que no Império. Dessa época vêm as famosas eleições a bico de pena: um dia antes da eleição, o presidente da Mesa preenchia a ata dizendo quantas pessoas a tinham assinado, fraudando a assinatura das pessoas que compareciam", narra.


Fim do Regime Militar

Em 1985, o primeiro presidente civil após o Golpe de 64 foi eleito: Tancredo Neves. Apesar de indireta, sua escolha entusiasmou a maioria dos brasileiros, marcando o fim do Regime Militar e o início da redemocratização do País.

Com a morte de Tancredo, logo após sua eleição, a presidência foi ocupada pelo vice, José Sarney, que, ironicamente, era um dos principais líderes da Arena, partido que apoiava o Regime Militar.

Apesar disso, o período conhecido como Nova República trouxe avanços importantes: ainda em 1985, uma emenda constitucional restabeleceu eleições diretas para a presidência e para as prefeituras das cidades consideradas como área de segurança nacional pelo Regime Militar. A emenda também concedeu direito de voto aos maiores de 16 anos e, pela primeira vez na história republicana, os analfabetos também passaram a votar, um dos grandes avanços das eleições


Nova Cosntituição

Promulgada em 1988, a nova Constituição estabelece eleições diretas com dois turnos para a presidência, os governos estaduais e as prefeituras com mais de 200 mil eleitores e prevê ainda mandato de cinco anos para presidente. Também mantém o voto facultativo aos analfabetos e aos jovens a partir dos 16 anos.

O texto trouxe ainda avanços como a garantia dos direitos humanos contra a arbitrariedade do Estado, a proibição da tortura, o fim da censura, a igualdade de direitos entre homens e mulheres. A nova Carta também transformou o racismo em crime. A Constituição de 88 acabou transformando-se em um dos símbolos da expectativa dos brasileiros por dias melhores.


Eleições Diretas

Após 29 anos com eleições presidenciais indiretas, somente em 1989 o brasileiro voltou a escolher pelo voto direto o presidente da República. O País consolidava de vez a democracia. A eleição foi a mais concorrida da história da República, com 24 candidatos, entre eles, Ulysses Guimarães, Paulo Maluf, Mário Covas, Fernando Collor de Mello e Luís Inácio Lula da Silva. O período foi marcado por grandes comícios, e o horário eleitoral, segundo os historiadores, foi o mais importante na formação de opinião dos eleitores.

Collor venceu o segundo turno das eleições com mais de 35 milhões de votos. Seu Governo foi marcado pelo confisco do saldo das cadernetas de poupança, das contas-correntes e demais investimentos. Além do descontentamento da população, o Governo foi abalado por uma série de escândalos e denúncias de corrupção envolvendo o próprio presidente, que provocaram a abertura de um processo de impeachment, em 1992.



Arnaldo Jabor - Abaixo Nós

CARIOCAS NÃO VOTE NELLES

Máfia dos Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)

Almerinda de Carvalho (PMDB-RJ), Almir Moura (PFL-RJ), Carlos Nader (PL-RJ), Carlos Rodrigues (Bispo Rodrigues) (PL/RJ) (ex-deputado), Candinho Mattos (PSDB/RJ) (ex-deputado), Cornélio Ribeiro (PL/RJ) (ex-deputado), Doutor Heleno (PSC/RJ), Elaine Costa (PTB-RJ), Fernando Gonçalves (PTB-RJ), Itamar Serpa (PSDB-RJ) Crime Contra o Consumidor, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias), João Mendes de Jesus (PSB-RJ), José Divino (PRB-RJ), Júlio Lopes (PP-RJ) Falsidade Ideológica, Laura Carneiro (PFL-RJ) - - Improbidade Administrativa e Sanguessugas, Marcelo Crivela * Senador (PRB-RJ) Crime Contra o Sistema Financeiro e Falsidade Ideológica, Nelson Bornier (PMDB-RJ) - Improbidade Administrativa, Paulo Baltazar (PSB-RJ)Paulo Feijó (PSDB-RJ) - Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)Reinaldo Betão (PL-RJ), Reinaldo Gripp (PL-RJ), Vieira Reis (PRB-RJ) - Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)


Melo Pocotó das eleições

Editorial - Contra o Voto Nulo sabe por que?

Votando nulo você desiste de seus direitos e deveres como cidadão. Depois você vai querer reclamar do que? Se você teve uma oportunidade e simplismente não quis mudar a atual situação do nosso pais.

Provavelmente você deve esta falando... E QUEM ME GARANTE QUE O MEU CANDIDATO NÃO VAI ROUBAR??? Ninguém... Porém... Aos poucos a influência de cada voto estará dando um novo rumo em nossa cidade e no nosso pais.

Pense no futuro das próximas gerações... O que vamos deixar de herança para nossos filhos e netos? Será que iremos desejar que elas continue, essa luta e elimine cada politico desonesto para que estes percebam que no nosso pais não tem mas vez ou seria interessante ter um povo desiludido e sem esperança de mudanças???

Rogério Moraes


Denúncia do Mensalão do Governo Lula

Depoimento da Srª. Maria Christina Mendes Caldeira, ex-esposa do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na CPI do Mensalão

Atenção: Antes de votar para deputado visite: TRANSPARÊNCIA BRASIL

Fonte: A História do Voto Por Poliani Castello Branco/ PR - Site Camera.gov.br

segunda-feira, setembro 18, 2006

Os Chineses no Rio - A História da Vista Chinesa







Vista Chinesa por Claudio Lara

A Origem
O mirante construído em homenagem aos imigrantes chineses encanta os visitantes não só pelo estilo oriental, mas também pela vista maravilhosa que se tem de lá.
 
A combinação que poucas cidades do mundo têm, no Mirante, está aos nossos pés: mar, montanha e mata. É uma imagem deslumbrante a 380 metros de altitude. E o ponto de observação também não poderia ter mais charme. 
 
Volta e meia citada em episódios de violência na região da Floresta da Tijuca, a Vista Chinesa, contudo, não perde o encanto. E olha que desde 1906 o local já é um importante ponto turístico do Rio - quando os cariocas enfrentavam a subida em grupo - era quase uma viagem. A estrutura de ferro e concreto nos remete ao velho oriente, simulando bambu. E tem até uns dragões. 


A Vista Chinesa e Os Chineses no Rio
 A história da Vista Chinesa se confunde com a chegada de imigrantes ao Rio e também com a história de outro importante ponto da cidade: o Jardim Botânico. Isso porque e por influência do próprio Rei de Portugal, Don João VI, o Jardim Botânico deveria ser uma espécie de laboratório. A idéia era trazer plantas e sementes do exterior para ver se elas vingariam aqui. E se a plantação em questão era chá, era preciso uma mão de obra especializada de chineses.
 
Primeira Leva:
o Chá no Rio de Janeiro Inicialmente, foram cem os chineses que vieram da colônia portuguesa de Macau, importados em 1812 pelo Conde de Linhares, a mando de D. João VI, com o objetivo de testar a receptividade do solo brasileiro para o cultivo do chá.

Os imigrantes, que teoricamente foram escolhidos por terem bastante experiência no assunto, estabeleceram-se, primeiramente, nas encostas da mata onde estão os fundos do jardim Botânico. Ali chegaram a plantar seis mil pés de chá, erva que dava três safras por ano.


Após serem colhidas, as folhas eram colocadas em fornos de barro, onde eram postas a secar, sendo depois enroladas. Era um sonho do Príncipe Regente repetir no Brasil o comércio exitoso entre Macau e a Europa, do qual, com a venda do chá, Portugal auferia considerável rendimento.


No princípio, houve certa euforia com o futuro da erva no Rio de Janeiro. Loccock nos conta que, logo após a chegada da Família Real, planejava-se suprir todo o mercado europeu com a produção carioca.Também Ebel nos dá seu relato, datado em 1824, quando afirma ter visto nas encostas do Jardim Botânico, "vastas plantações de chá chinês, agora em floração".


Visual do Rio da Vista Chinesa por Claudio Lara

Em 1817, Spix e von Martius declararam ter o chá carioca aroma excelente, embora seu sabor não fosse dos melhores. Esse desagradável paladar parece ter sido a razão que acabou obrigando o Governo português a desistir de tentar produzir comercialmente o chá em terras brasileiras.

Outros autores, entretanto, afirmam que o insucesso deveu-se à falta de preparo, indolência e alto custo da mão de obra representada pelos chineses, que teriam sido mal-escolhidos em sua terra natal, não tendo vindo para cá um grupo de experientes agricultores, mas, como escreveu o historiador Oliveira Lima, "a ralé de Cantão". 


Mais realista, entretanto, parece ser a explicação de Maria Graham, citada por Bastos Cezar: "o Imperador compreendeu ser mais vantajoso vender café (um produto sem concorrentes) e comprar chá do que obtê-lo com tais despesas (já que o chá era produzido a baixíssimo custo na Chinba e Índia) e não continuou a plantação". Os chineses foram transferidos para a Fazenda Real de Santa Cruz onde fizeram outra tentativa, também falida.
   
Foto:Vista Chinesa - Cartão Postal - 1911 Col E. Belchior  

Segunda Leva: do arroz às estradas. Anos mais tarde, em 1844, outra leva de chineses foi trazida ao Rio. Desta vez com o intuito de plantar arroz. 
 
Mas, assim como o sucedido com o chá, os orientais não foram capazes de fazer vingar em terras cariocas o cereal. A solução foi empregá-los para abrir o caminho que mais tarde se transformaria na Estrada Dona Castorina.

 
Nessa obra, teriam feito seu acampamnento onde hoje está localizada a Vista Chinesa, dando origem desta maneira ao primeiro nome de batismo do lugar: Rancho dos Chins, que depois evoluíria para a designação atual de Vista Chinesa.

 
A construção de inspiração oriental que em nossos dias decora o mirante não é contudo contemporânea do surto do chá, tendo sido construída somente no início do século XX pela administração Pereira Passos.

 
Em 1905, para homenagear esses imigrantes, foi construída uma primeira estrutura. De concreto e telhado de bambu, acabou não resistindo ao tempo. Em 1906, aí sim, foi erguida a construção que até hoje está no Alto da Boa Vista. E marcou, para sempre, a contribuição dos chineses ao Rio.


ESPORTE RADICAL NA VISTA CHINESA


1º CAMPEONATO MUNDIAL - RIO DOWNHILL 2006

O Skate Downhill na Vista Chinesa - Mesa do Imperador É simplesmente a "Meca" do longboard no Rio de Janeiro. São realizados constantemente encontros e campeonatos no local. O trecho, de aproximadamente 1 km, tem o asfalto liso e íngrime, fazendo a alegria dos praticantes. Alguns também gostam de descer para o outro lado da Mesa do Imperador, em direção à Tijuca. Cuidado com carros no final de semana, já que o local é bastante procurado por turistas . 

No domingo, o Sol que marcou presença na cidade Maravilhosa durante toda a semana não decepcionou e compareceu na Vista Chinesa, encharcando de suor os competidores, dentro de seus macacões de couro, e o publico, instalado ao longo da pista para acompanhar tudo de perto, principalmente no espaço em frente ao famoso cartão postal que marcava a curva mais difícil do evento. Dali, o locutor oficial ia anunciando os resultados das baterias, que foram super disputadas. O inicio da competição foi marcado por uma grande oração, independente de credo ou religião, para pedir a proteção aos atletas.

No skate Stand Up, a principal categoria do evento, eram 61 inscritos. As baterias eram de 4 em 4 competidores, e os dois primeiros se classificavam para a fase seguinte. A disputa começava na Mesa do Imperador, onde os atletas "pedalavam" seus skates para pegar o Maximo de velocidade e dali desciam, disputando cada centímetro da pista, curva a curva, ate a chegada, localizada aproximadamente 300 metros depois da curva de 180 graus da Vista Chinesa. 

A velocidade dos skates era impressionante para fotógrafos, cinegrafistas e o publico presente. Poucas vezes se tem a oportunidade de colocar para baixo desta maneira no circuito da Vista Chinesa, principalmente por causa dos carros que trafegam no pico todos os dias. Vale lembrar que para que o evento acontecesse com segurança, a CET RIO colaborou fechando o transito, de sexta a domingo. Somando este fato aos fardos de feno posicionados para proteção dos atletas, o que se viu foi um espetáculo de velocidade, ultrapassagens e quedas.

Foto: Red Label - Desfile da Sommer - Fashion Rio 2006


África e safári inspiram o verão 2007 de Sommer
Sob o comando da estilista Thaís Losso, que estréia na criação da grife Sommer, convidados e fashionistas foram levados de jipe ao Alto Boa Vista para conhecer a Sommer Land, cenário montado no Horto Florestal do Rio de Janeiro.

A primeira parada foi num jardim ambientado com um sofá e uma estátua de cavalo branco. Os modelos desfilavam de forma descontraída e acenavam aos passageiros dos jipes.
Na segunda parada, o ponto turístico Vista Chinesa foi o cenário para o término do desfile da Sommer Land, que teve até mesmo seu próprio “rei”.

Este desfile fez parte do Fashion Rio 2006 que contou com outros locais curiosos para um desfile de moda como os Arcos da Lapa.

Fontes: globo.com/rjtv / - triboaventura.com - estilosamiracampos.com.br
Trilhas do Rio, Pedro de Cunha e Meneses, 1996

quinta-feira, agosto 24, 2006

O Segundo Camelô mais Famoso do Brasil


Fotos: Site Banca so David

O inicio e a Superação

Ele é simplório, não completou se quer o ensino fundamental e tropeça nas palavras, mas sabe vender seu peixe como ninguém. Sorridente e carismático, o camelô David Mendonça Portes, de 49 anos, transformou sua banca de guloseimas, no Centro do Rio de Janeiro, no mais bem-sucedido ponto da economia informal brasileira.

Antes de se tornar camelô Davi Mendonça Portes, trabalhou na colheita de cana de açúcar em Campos (RJ), Algum tempo depois se mudou para capital do Rio de Janeiro, em busca de um sonho! Seu primeiro emprego de carteira assinada foi na Gravadora Polygram como motorista.

Desempregado, foi despejado do barraco na rocinha onde morava com sua esposa, Maria de Fátima, sendo obrigado a perambular pelo Rio até decidir morar pelas ruas do Bairro do Méier (Zona Norte do RJ),

A trajetória de David pela economia informal começou por obra do acaso, há 14 anos. Desempregado, faminto e sem teto, precisava de R$ 12,00 para comprar um remédio para a mulher grávida de oito meses do único filho do casal, Thiago.

Tomou o dinheiro emprestado de um conhecido e, a caminho da farmácia, ousou arriscar: converteu o dinheiro em bolachas e balas e ganhou as ruas. No fim do dia, havia dobrado o capital, comprado o remédio, um lanche e uma nova leva de doces para vender.

Há 19 anos a banquinha de doces é montada todos os dias, no mesmo lugar: a calçada na Avenida Presidente Wilson. Para David o lugar é especial. Debaixo da marquise, ele e a mulher grávida passaram várias noites de inverno, sem ter outro lugar para dormir. Uma história dramática que teve uma virada, no dia em que David decidiu ser um camelô.

Em um ano formou sua banca de doces com mais de 240 itens. Hoje, sua presença é cada vez mais rara na barraca, mas nem por isso pensa em se afastar de vez do negócio. “Quem dá as costas aos clientes está fadado a desaparecer”, ensina.

"Comecei a sortear prêmios. Criei o call center. É a única barraca que faz delivery. As pessoas ligam nesses prédios aí e a gente tem dois rapazes para fazer entrega. Depois criei a loja virtual, que é uma grande sacada. As pessoas olham o site vêem o que querem depois ligam pro call center e a gente faz o delivery!".





O Segredo do Sucesso

Eu não sabia que tinha o dom de encantar e de fidelizar os meus clientes. Então, comecei como ambulante há exatamente 18 anos, com apenas R$ 12,00. Foi com esse dinheiro que eu comecei minha trajetória de sucesso!

Hoje sou considerado um dos melhores palestrantes e consultores de marketing e vendas do Brasil. Chego a fazer 15 palestras por mês e já fui citado pelo Philip Kotler, nos EUA. Também já concedi inúmeras entrevistas na mídia nacional e internacional.

As pessoas hoje me chamam de o 2° camelô mais famoso do Brasil. Só perco para o meu ídolo Silvio Santos!

O segredo da Banca do David é sempre estar se destacando dos concorrentes. “Tive que inventar muitas coisas. O sucesso de um produto ou da própria empresa está em saber lidar com o público. O cliente é mesmo um Rei e não tem conversa. É preciso ter transparência, então não mostre aquilo que não pode oferecer! Os clientes gostam sempre de boas novidades, por isso devemos surpreendê-los a toda hora!”·

Quando o assunto é marketing, David Portes está sempre em evidência em revistas, jornais e programas de televisão. Ele já foi capa por mais de uma vez dos jornais Extra, Jornal do Brasil, O Globo, O Estado de S. Paulo, Gazeta Mercantil, O Dia, Gazeta do Povo. Foi capa também de Revistas de prestigio como Exame, Época, Isto É, Isto É Dinheiro, Veja, Meio & Mensagem, revista Tudo (citado entre os 10 melhores palestrantes do Brasil).

David também foi pauta de colunistas famosos, como Ricardo Boechat, Tutty Vasquez, Márcia Peltier, Joaquim Ferreira dos Santos. Foi Entrevistado em programas no Brasil e no Mundo, entre eles Bom Dia Mulher, Brasil Urgente, Charme, CNN Espanhol, De Frente com Gabi, Domingo Espetacular, É Show, Fantástico, Hebe, Jornal da Globo, Nicolas Dayon, O Aprendiz 3, Programa do Jô, Reportagem/Livro, Sabadaço, Sbt Brasil, Super pop, Tudo a Ver, entre outros.




O Maior Palestrante do Mundo

Hoje o faturamento é de R$ 600 a R$ 700 por dia. Tamanho êxito comercial alçou o camelô à condição de guru do marketing — e dos mais requisitados. Ele viaja de norte a sul do país para dar 15 palestras, em média por mês, ele cobrar R$ 10.500 por cada palestra. "Já cheguei a fazer 22 palestras num mês". Uma média de 100 palestras por ano.

Sua agenda está lotada de eventos até o fim do ano. A platéia costuma ser seleta, composta de empresários, economistas e executivos pós-graduados em cursos de MBA (Master in Business Administration).

Com sua sabedoria popular, David encanta o público. Foi assim na primeira palestra, há cerca de quatro anos, no Instituto de Marketing Industrial, em São Paulo. Na platéia, a nata do empresariado nacional. No palco, ao avistar Antônio Ermírio de Moraes, David tratou logo de fazer seu marketing pessoal: rasgou elogios e pediu uma salva de palmas ao presidente do grupo Votorantim. No dia seguinte, o empresário enviou-lhe uma placa de prata cumprimentando-o pela criatividade e capacidade empreendedora.

"A minha história não é diferente das demais, de repente me vi sem emprego, sem dinheiro para comer, para pagar o aluguel e com minha esposa grávida. Fui à luta! Hoje a minha banca é a mais visitada do Centro do Rio de Janeiro, tenho mais de 5 mil clientes cadastrados na banca e mais de 12 mil clientes cadastrados em meu site. As pessoas me chamam de o 2º camelô mais famoso do Brasil, só perdendo para o meu ídolo Silvio Santos".

A partir daí, ele não parou mais de inventar. Criou, entre outras modas, o marketing cai-cai (se qualquer mercadoria cai no chão a até 2 metros da banca, o cliente leva outra de graça), o genérico do David (toda vez que pede por um produto que está em falta, o consumidor ganha 50% de desconto na compra de um similar e leva de graça qualquer mercadoria caso a original não esteja disponível no dia seguinte) e a promoção feliz aniversário (os 5 mil clientes cadastrados têm direito a escolher uma gulodice de presente).

'Isso é marketing de relacionamento, neguinho fica encantado', comenta o camelô. 'As empresas brasileiras vivem alegando que se relacionar com o cliente custa caro. O David é a prova cabal de que isso não é verdade', afirma José Carlos Moreira, presidente do Instituto de Marketing Industrial de São Paulo.

David também faz 'marketing de incentivo': dobra a diária dos três funcionários quando se ausenta para palestrar. 'Eles chegam a rezar para eu fazer mais palestras', afirma, entre risos. São estratégias como essas que vêm garantindo seu êxito.

'Um camelô aparecendo em casos de marketing estudados nas universidades é das coisas mais significativas que aconteceram no ramo nos últimos anos', resume o publicitário Fábio Marinho, diretor da Oficina de Propaganda e Marketing, a agência que criou a logomarca da banca. 'O grande mérito do David é que chegou a diversas teorias baseado na intuição', acrescenta Cecília Mattoso, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) do Rio.




David começou a realizar palestras no ano de 2002 por todo Brasil, e de lá para cá vem colecionando prêmios de reconhecimento pela qualidade de sua palestra entre eles, o Prêmio Top de Qualidade em 2005, Em 2006 com o Prêmio Internacional - THE BIZZ AWARDS 2006 – Categoria Palestrante do Ano, no MANHATTAN CENTER – NEW YORK / EUA. Este prêmio é considerado o Oscar dos empresários. E o Prêmio TOP OF BUSINESS NACIONAL 2006.

David Portes já fez mais de 600 palestras para inúmeras empresas, que aprovaram o talento e o sucesso dele como palestrante. Autodidata, jamais freqüentou um cursinho ou uma faculdade. Aliás, só estudou até a 7ª série. Mas suas estratégias são tão eficazes que, já há algum tempo, é requisitado por empresas e universidades para dar palestras sobre o assunto.

Em palestra intitulada “Uma Lição de Vida & Marketing”, David explica como criar diferenciais para fugir do igual. Também ensina como conquistar e manter clientes com boa publicidade e usar bem o chamado marketing boca-a-boca.

A palestra tem duração de 1h30 e tem dinâmicas em grupo, em que ele sorteia valiosos prêmios como, por exemplo, relógios de ouro, canetas de luxo, TVs, DVDs e muito doce.

hoje podemos dizer que o Sr David conquistou o seu espaço no meio empresarial, sendo considerado pelas empresas como “Guru” do Marketing. Sua palestra Uma Lição de Vida & Marketing, está no topo da lista das mais solicitadas do Brasil.

Avesso a falar de renda, David possuía em 2002, além da banca na Avenida Presidente Wilson, uma casa e um depósito em Nilópolis, na Baixada Fluminense, um sítio e um automóvel Golf 2.0, ano 2002.




O pensamento vivo de David Lições do marketing intuitivo

'Não se deve vender o que o cliente não quer porque é o mesmo que botar uma gota de veneno num balde d’água: contamina todo o resto"

''É bom não esquecer que é dando que se recebe. Por isso eu dou prêmios e brindes. Todo cliente adora concorrer a alguma coisa"

''Sempre é bom manter o alto-astral e sorrir para o cliente. O sorriso abre portas e carteiras também"

''Você tem de estar sempre criando, sempre fazendo um agradinho para seduzir as pessoas e enxugar o bolso delas"

''Tem de usar o marketing para descontrair as pessoas, porque assim elas ficam vulneráveis no bolso e liberam mais a grana'

Fontes: Isto é Dinheiro, Veja, Site Rede Record, Site Banca do David